domingo, 2 de setembro de 2012

Coração Em Comunhão

Coração Em ComunhãoToca de Assis
Hoje posso perceber o valor de uma amizadePois, Divino Amigo, com carinho me ensinasteSe eu pudesse compreender o tamanho do Teu amor por mim.Mais nada esconderia daquilo que já sabestudo te entregaria Jesus minha alegria.Meu amigoHoje posso perceber que um amigo de verdadeNão sou eu a escolher Vós em mim enxertastesQue é mais fácil te seguir ao lado de um amigoE mesmo se ele tropeçar ou tão fraco vacilarQueres Senhor que eu encontres a Ti a Tua vidaNo coração de um grande amigo
Amigo fiel refúgio poderosoQuem o descobriu encontrou um tesouroPrefiguração de Deus certeza do CéuQuero tê-lo aqui no peito meuMeu anjo meu abrigo meuAmigo fiel refúgio poderosoQuem o descobriu encontrou um tesouroPermaneceremos até o fim na amizade do SenhorE se me amar te causar a dorCom o mesmo amor me cures meu amigo
Hoje posso perceber que a glória da amizadeConsiste em tudo perder na renúncia da vontadePara ter um bem maior: a misericórdia do SenhorE salvar quando preciso for.Como a cada dia salvo eu souQuero realmente amar assimE nunca abandonar os meus amigosDeus meu Deus cuida de mim e dá-me ser amigode Ti, amado Salvador, de meus irmãos queridos[Leva-me onde quiseres, Esposo de minh'almaE quando longe eu estiver e saudades levar comigoSeja ela esperança de reencontrar o coração de um grande amigo
Amigo fiel refúgio poderosoQuem o descobriu encontrou um tesouroPrefiguração de Deus certeza do CéuQuero tê-lo aqui no peito meuMeu anjo meu abrigo meuAmigo fiel refúgio poderosoQuem o descobriu encontrou um tesouroPermaneceremos até o fim na amizade do SenhorE se me amar te causar a dorCom o mesmo amor me cures meu amigo


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ADORAÇÃO AO SANTISSIMO SACRAMENTO


ADORAÇÃO AO SANTISSIMO SACRAMENTO.

 

A Igreja nos ensina que “a reserva do Corpo de Cristo para a Comunhão dos enfermos criou entre os fiéis o louvável costume de se recolherem em oração para adorar Cristo realmente presente no Sacramento conservado no sacrário. Recomendada pela Igreja aos Pastores e fiéis, a adoração do Santíssimo é uma alta expressão da relação existente entre a celebração do sacrifício do Senhor e a sua presença permanente na Hóstia Consagrada”. (Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos. Ano da Eucaristia, n. 13)

Sobre este ponto assim se expressou o beato João Paulo II em sua Exortação Apostólica Pós-sinodal, Sacramentum Caritatis, n. 66: “De fato, na Eucaristia, o Filho de Deus vem ao nosso encontro e deseja unir-Se conosco; a adoração eucarística é apenas o prolongamento visível da celebração eucarística, a qual, em si mesma, é o maior ato de adoração da Igreja: receber a Eucaristia significa colocar-se em atitude de adoração d´Aquele que comungamos. Precisamente assim, e somente assim, é que nos tornamos um só com Ele e, de algum modo, saboreamos antecipadamente a beleza da liturgia celeste. O ato de adoração fora da Santa Missa prolonga e intensifica aquilo que se fez na própria celebração litúrgica. Com efeito, somente na adoração pode maturar um acolhimento profundo e verdadeiro. Precisamente neste ato pessoal de encontro com o Senhor amadurece depois também a missão social, que está encerrada na Eucaristia e deseja romper as barreiras, não apenas entre o Senhor e nós mesmos, mas também, e sobretudo, as barreiras que nos separam uns dos outros”.

Portanto, “O permanecer em oração diante do Senhor vivo e verdadeiro no santo Sacramento amadurece nossa união com Ele: dispõe-nos para a frutuosa celebração da Eucaristia e prolonga as atitudes de culto por ela suscitadas”. (Ano da Eucaristia. n. 13)

SEGUNDO A BÍBLIA, O QUE DEUS NOS FALA SOBRE A ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO?

Na Bíblia não vamos encontrar literalmente a expressão: “adoração ao Santíssimo Sacramento”. Mas, na verdade, o que é o Santíssimo Sacramento? É Deus presente no meio do seu povo. É Jesus atuando na história. Portanto, vamos encontrar na Bíblia diversos textos que nos sugerem adoração a Deus. De fato, somente a Deus devemos adorar. Adorar a Deus é o máximo que podemos fazer enquanto passamos pelos caminhos da existência terrestre. Nossa primeira atitude como criaturas diante do Criador é, sem dúvida, a adoração. Pela adoração exaltamos a grandeza do Senhor que nos fez e a onipotência do Salvador que nos liberta do mal. A adoração do Deus três vezes santo e sumamente amável nos enche de humildade e dá garantia a nossas súplicas. No Antigo Testamento podemos ler frequentes vezes expressões como estas: “Todo o povo se prostrou com o rosto em terra para adorar e bendizer no céu aquele que os havia conduzido ao triunfo” (1Mac 4, 55). “Assim vos bendirei em toda a minha vida, com minhas mãos erguidas vosso nome adorarei”(Sl 62, 5). “É somente a vós, Senhor, que devemos adorar”(Br 6, 5). “Prostrando-se diante dele, o adoraram”(Mt 2, 11). “...os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, e são esses adoradores que o Pai deseja”( Jo 4, 23). Quando nos prostramos em adoração a Jesus no Santíssimo Sacramento, somos muito mais felizes que Abraão, Moisés, Davi, os Profetas... Sem dúvida, eles adoraram a Deus Santíssimo, ou como é comum na Bíblia, ao Deus três vezes Santo, ou ao Santo, Santo, Santo, o Senhor Deus do universo. Mas como nos diz a Palavra em Hb 11, 13, eles “morreram firmes na fé. Não chegaram a desfrutar a realização da promessa, mas puderam vê-la e saudá-la de longe e se declararam estrangeiros e peregrinos na terra que habitavam”. Nós, porém, somos privilegiados. Diante do Santíssimo Sacramento, nossa experiência se identifica com a experiência dos Apóstolos, pois estamos diante de Jesus vivo e operante. No silêncio, ele nos ensina como Mestre. Encerrado no Sacrário, Ele nos dá a liberdade, escondido na Hóstia Consagrada Ele nos revela a glória de Deus Pai e o poder do Espírito Santo. Assim como no deserto o Senhor Deus libertou seu povo da escravidão do Egito, no Santíssimo Sacramento o Senhor Jesus nos liberta de nossa aridez espiritual, de nosso egocentrismo, de nossos vãos desejos. Ele nos liberta da escravidão do pecado e nos conduz à vida da graça. Ele nos aproxima do Pai celestial e de todos os irmãos e irmãs, faz-nos crescer em comunhão, torna-nos solidários com os mais carentes e nos abre o coração para acolhermos a vontade de Deus. No Santíssimo Sacramento, Jesus é nosso refúgio e nossa segurança, nossa paz, nosso caminho, nossa vida e nossa verdade. Ali no tabernáculo Jesus nos aponta para o Tabernáculo

 

Claudio Tadeu Parpinelli

 

claudioparpinelli@globo.com

domingo, 19 de agosto de 2012

Jesus não era um Messias como eles queriam


Jesus não era um Messias como eles queriam

Palavras de Bento XVI ao começar a oração do Ângelus

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Queridos irmãos e irmãs!

O Evangelho deste domingo (cf. Jo 6, 51-58) é a parte final e principal do discurso feito por Jesus na sinagoga de Cafarnaum, depois de no dia anterior ter alimentado milhares de pessoas com apenas cinco pães e dois peixes. Jesus revela o significado deste milagre, ou seja, que o tempo das promessas foi cumprido: Deus Pai, que com o maná tinha alimentado os israelitas no deserto, agora o enviou, o Filho, como verdadeiro Pão de vida, e este pão é a sua carne, a sua vida, oferecida em sacrifício por nós. Trata-se, portanto, de acolhê-lo com fé, não escandalizando-se da sua humanidade; e trata-se de "comer a sua carne e beber o seu sangue" (cf. Jo 6, 54), para ter em si mesmos a plenitude da vida. É evidente que este discurso não teve a intenção de atrair consensos. Jesus sabe disso e o pronuncia intencionalmente; e de fato aquele foi um momento crítico, uma reviravolta na sua missão pública. As pessoas, e os mesmos discípulos, estavam entusiasmados por Ele quando cumpria sinais prodigiosos; e também a multiplicação dos pães e foi uma clara revelação de que Ele era o Messias, tanto que, logo após, a multidão quis elevar Jesus e fazê-lo rei de Israel. Mas essa não era a vontade de Jesus, que justamente com aquele longo discurso freia os entusiasmos e provoca muitas discordâncias. Ele, de fato, explicando a imagem do pão, diz ter sido enviado a oferecer a sua própria vida, e quem quiser segui-lo deve unir-se a Ele de modo pessoal e profundo, participando do seu sacrifício de amor. É por isso que Jesus vai instituir o Sacramento da Eucaristia: para que os seus discípulos possam ter em si mesmos a sua caridade - isto é crucial - e, como um único corpo unido a ele, estender no mundo o seu mistério de salvação.

Ouvindo este discurso a multidão entendeu que Jesus não era um Messias como eles queriam, que aspirasse a um trono terreno. Ele não buscava aprovação para conquistar Jerusalém; na verdade, queria ir a Cidade Santa para compartilhar a sorte dos profetas: dar a vida por Deus e pelo povo. Aqueles pães, partidos para milhares de pessoas, não queriam provocar uma marcha triunfal, mas antecipar o anúncio do sacrifício da Cruz, no qual Jesus se torna Pão, corpo e sangue oferecidos em expiação. Jesus, então, deu aquele discurso para desiludir as multidões e, acima de tudo, para provocar uma decisão em seus discípulos. De fato, muitos destes, desde então, não o seguiram mais.

Queridos amigos, nos deixemos também surpreender pelas palavras de Cristo: Ele, grão de trigo lançado nos sulcos da história, é a primícia da humanidade nova, livre da corrupção do pecado e da morte. E voltemos a descobrir a beleza do Sacramento da Eucaristia, que expressa toda a humildade e a santidade de Deus: o seu fazer-se pequeno, Deus se faz pequeno, fragmento do universo para reconciliar todos no seu amor. Que a Virgem Maria, que deu ao mundo o Pão da vida, nos ensine a viver sempre em união profunda com Ele.


sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O QUE É A EUCARISTIA ?


A Eucaristia é a consagração do pão no Corpo de Cristo e do vinho em seu Sangue que renova mística e sacramentalmente o sacrifício de Jesus na Cruz. A Eucaristia é Jesus real e pessoalmente presente no pão e no vinho que o sacerdote consagra. Pela fé cremos que a presença de Jesus na Hóstia e no vinho não é só simbólica, mas real; isto se chama o mistério da transubstanciação já que o que muda é a substância do pão e do vinho; os accidente—forma, cor, sabor, etc.— permanecem iguais.

A instituição da Eucaristia, aconteceu durante a última ceia pascal que celebrou com seus discípulos e os quatro relatos coincidem no essencial, em todos eles a consagração do pão precede a do cálice; embora devamos lembrar, que na realidade histórica, a celebração da Eucaristia ( Fração do Pão ) começou na Igreja primitiva antes da redação dos Evangelhos.

Os sinais essenciais do sacramentos eucarístico são pão de trigo e vinho da videira, sobre os quais é invocada a bênção do Espírito Santo e o presbítero pronuncia as palavras da consagração ditas por Jesus na última Ceia: "Isto é meu Corpo entregue por vós... Este é o cálice do meu Sangue..."

Encontro com Jesus amor

Necessariamente o encontro com Cristo Eucaristia é uma experiência pessoal e íntima, e que supõe o encontro pleno de dois que se amam. É, portanto, impossível generalizar sobre eles. Porque só Deus conhece os corações dos homens. Entretanto, sim devemos transluzir em nossa vida, a transcendência do encontro íntimo com o Amor. É lógico pensar que quem recebe esta Graça, está em maior capacidade de amar e de servir ao irmão e que além disso, alimentado com o Pão da Vida deve estar mais fortalecido para enfrentar as provações, para encarar o sofrimento, para contagiar sua fé e sua esperança. Em fim, para levar a feliz término a missão, a vocação, que o Senhor lhe dá.

Se apreciássemos de veras a Presença de Cristo no sacrário, nunca o encontraríamos sozinho, acompanhado apenas pela lâmpada Eucarística acesa, o Senhor hoje nos diz a todos e a cada um, o mesmo que disse aos Apóstolos "Com ânsias desejei comer esta Páscoa convosco " Lc.22,15. O Senhor nos espera ansioso para entregar-se a nós como alimento; somos conscientes disso, de que o Senhor nos espera no Sacrário, com a mesa celestial servida.? E nós, por que o deixamos esperando.? Ou é por acaso, quando vem alguém de visita a nossa casa, o deixamos na sala e vamos nos ocupar de nossas coisas?

É exatamente isso o que fazemos em nosso apostolado, quando nos enchemos de atividades e nos descuidamos na oração diante do Senhor, que nos espera no Sacrário, preso porque nos "amou até o extremo" e resulta que, por quem se fez o mundo e tudo o que nele habita (nós inclusive) encontra-se ali, oculto aos olhos, mas incrivelmente luminoso e poderoso para saciar todas nossas necessidades



Claudio Tadeu Parpinelli

claudioparpinelli@globo.com

domingo, 5 de agosto de 2012

A Força que vem do Pão Eucarístico


A Força que vem do Pão Eucarístico


11 junho, 2012

As palavras do Papa durante a oração do Ângelus no Domingo da Solenidade do Corpo e Sangue do Senhor

CIDADE DO VATICANO, domingo, 10 de junho de 2012 (ZENIT.org) – Publicamos a seguir as palavras pronunciadas hoje durante a oração do Ângelus pelo Santo Padre aos fiéis e aos peregrinos reunidos na praça de São Pedro.

Queridos irmãos e irmãs!
Hoje, na Itália e em muitos outros Países, se celebra o Corpus Domini, ou seja, a festa solene do Corpo e Sangue de Cristo, a Eucaristia. É tradição sempre viva, neste dia, ter procissões solenes com o Santíssimo Sacramento pelas ruas e praças. Em Roma esta procissão já teve lugar quinta-feira passada, a nível diocesano, dia específico que a cada ano renova nos cristãos a alegria e a gratidão pela presença eucarística de Jesus entre nós.

A festa do Corpus Christi é um grande ato de culto público da Eucaristia, Sacramento no qual o Senhor permanece presente até mesmo além do tempo da celebração, para estar sempre conosco, ao longo do passar das horas e dos dias. Já São Justino, que nos deixou um dos testemunhos mais antigos da liturgia Eucaristia, diz que após a distribuição da Comunhão para os presentes, o pão consagrado também era levado pelos diáconos aos ausentes (cf. Apologia, 1, 65). Por isso nas Igrejas o lugar mais sagrado é justamente aquele em que se guarda a Eucaristia. Não posso deixar de pensar comovido nas numerosas igrejas que foram gravemente danificadas pelo recente terremoto na Emilia Romagna, pelo fato de que também o Corpo eucarístico de Cristo no tabernáculo, em alguns casos, permaneceu sob os escombros. Com afeto rezo pelas comunidades, que com os seus sacerdotes devem reunir-se para a Santa Missa campal ou em grandes tendas; agradeço-lhes seus testemunhos e por tudo o que estão fazendo a favor de toda a população. É uma situação que realça ainda mais a importância de estarmos unidos em nome do Senhor, e a força que vem do Pão eucarístico, também chamado de “pão dos peregrinos”. Da partilha deste Pão nasce e se renova a capacidade de compartilhar também a vida e os bens, de levar os pesos uns dos outros, de ser hospitaleiros e acolhedores.

A solenidade do Corpo e Sangue do Senhor nos repropõe também o valor da adoração eucarística. O Servo de Deus Paulo VI recordava que a Igreja Católica professa o culto da Eucaristia “não somente durante a Missa, mas também fora de sua celebração, mantendo com a maior diligência as hóstias consagradas, preservando-as para a veneração solene dos fiéis cristãos, lavando-as em procissão com alegria da multidão cristã”(Enc.Mysterium fidei, 57). A oração de adoração pode ser feita seja pessoalmente, parando em oração diante do sacrário, seja de forma comunitária, também com salmos e cantos, mas sempre privilegiando o silêncio, em que se deve escutar interiormente o Senhor vivo e presente no Sacramento. A Virgem Maria é mestra também desta oração, porque ninguém melhor do que ela soube contemplar Jesus com olhar de fé e acolher no coração as íntimas ressonâncias da sua presença humana e divina. Através da sua intercessão se difunda e cresça em cada comunidade eclesial uma autêntica e profunda fé no Mistério eucarístico.

Depois da oração do Angelus, o Papa dirigiu-se aos peregrinos de diferentes países cumprimentando-os nas diversas línguas:
Queridos irmãos e irmãs,gostaria em primeiro lugar salientar que próxima quinta-feira, 14 de junho, acontece a Jornada Mundial do Doador de Sangue, promovida pela Organização Mundial da Saúde. Quero expressar minha profunda gratidão àqueles que praticam esta forma de solidariedade, indispensável para a vida de muitos pacientes.

Tradução Thácio Siqueira – zenit.org

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O Santo Sacrifício




Tendo Jesus substituído todos os sacrifícios da antiga lei pelo sacrifício da Missa, encerrou neste todas as intenções e todos os frutos daqueles do passado.

Conforme as leis recebidas de Deus, os judeus ofereciam sacrifícios com quatro finalidades: para reconhecer o seu supremo domínio sobre todas as criaturas; para agradecer-lhe os seus dons; para suplicar-lhe para que seguisse concedendo-lhes os mesmos e para aplacar a sua ira provocada pelos pecados cometidos. Tudo isso Jesus o faz, e de um modo mais perfeito, pois em lugar de touros e carneiros se oferece Ele mesmo, filho de Deus e Deus como seu Pai.

Adora, portanto, ao seu Pai; por todos os homens, cujo primogênito é, reconhece que Dele vem toda a vida e todo o bem; que somente Ele merece viver, e tudo quanto é somente por Ele pode existir; e oferece a sua vida para protestar, já que tudo provem de Deus, de tudo Ele pode dispor livre e absolutamente.

Como Hóstia de celebração, dá graças ao seu Pai por todas as graças que Lhe concedeu e, através Dele, a todos os homens; se faz nossa perpétua ação de graças.

É vítima do sacrifício, pedindo perdão sem cessar pelos pecados que continuamente se renovam, e deseja associar ao homem a sua própria reparação, unindo-lhe na oferenda. Finalmente, é o nosso advogado, que intercede por nós com lágrimas e gemidos dilacerantes, e cujo sangue clama por misericórdia.

Assistir à Santa Missa é unir-se a Jesus Cristo; é, portanto, para nós o ato mais edificante.

Nela recebemos as graças do arrependimento e da justificativa, assim como a ajuda para evitar as recaídas.

Nela encontramos o soberano meio de praticar a caridade para com os demais, aplicando-lhes, já não os nossos escassos méritos, mas os infinitos de Jesus Cristo, as imensas riquezas que Ele põe a nossa disposição. Nela defendemos com eficiência a causa das almas do purgatório e conseguimos a conversão dos pecadores.

A Missa é para o céu inteiro um motivo de alegria produzindo um aumento de glória exterior nos santos.

O melhor meio de assistir a Santa Missa é nos unirmos a angustia da vítima. Façam como ela. Ofereçam-se como ela, com a mesma intenção que ela, e a sua oferenda será assim enobrecida e purificada, sendo digna de que Deus a olhe com complacência, principalmente quando esta se une a oferenda de Jesus Cristo. Caminhem ao Calvário assim como Jesus Cristo caminhou, meditando sobre as circunstâncias de sua paixão e morte.

Mas, acima de tudo, unam-se ao sacrifício, comendo junto com o sacerdote a sua parte da vítima. Assim a Missa alcança a sua plenitude e corresponde plenamente aos desígnios de Jesus Cristo.

Ah! Se as almas do purgatório pudessem voltar a este mundo, o que não fariam para assistir a uma só missa! Se vocês mesmos pudessem compreender a sua excelência, suas vantagens e seus frutos, não deixariam de participar dela um só dia.



São Pedro Julião Eymard

sábado, 16 de junho de 2012

Oração de Santo Afonso de Ligório

Senhor meu Jesus Cristo, que, pelo amor que tendes aos homens, estais de noite e de dia neste Sacramento, todo cheio de piedade e de amor, esperando, chamando e recebendo todos os que vêm visitar-vos; eu creio que estais presente no Santíssimo Sacramento do altar.
Eu vos adoro do abismo do meu nada e vos dou graças por todos os benefícios que me tendes feito; especialmente por vós mesmo dardes a mim neste sacramento, por me terdes concedido como advogada vossa Mãe santíssima, e por me terdes chamado a visitar-vos nesta igreja.
Eu vós saúdo, pois hoje, o vosso amantíssimo Coração e a minha intenção é fazê-lo por três motivos: primeiro, em ação de garças por esta grande dádiva; segundo, para compensar-vos de todas as injúrias que tendes recebido, neste Sacramento, de todos os vossos inimigos; terceiro, com intenção de adora-vos, nesta visita, em todos os lugares da terra onde vossa presença sacramental estais menos reverenciado e em maior abandono.
Meu Jesus, eu vos amo de todo o meu coração; pesa-me de ter, no passado, tantas vezes ofendido a vossa divina bondade.
Proponho, com o auxílio de vossa graça, nunca mais ofender-vos para o futuro.
E, no presente, miserável qual sou, eu me consagro todo a vós e renuncio a toda a própria vontade, a todos os afetos e desejos, e a tudo o que é meu, para vo-lo oferecer.
De hoje em diante fazei vós de mim e de tudo o que me pertence aquilo o que for de vosso agrado.
Só procuro e só peço o vosso santo amor, a perseverança final e o perfeito cumprimento de vossa vontade.
Recomendo-vos as almas do purgatório, especialmente as mais devotas do santíssimo sacramento e da Bem-aventurada Virgem Maria.
Recomendo-vos também todos os pobres pecadores.
Finalmente, desejo unir, meu querido Salvador, todos os meus afetos com os de vosso amorosíssimo Coração; e, assim unidos, os ofereço a vosso Eterno Pai e lhe peço em vosso nome que por vosso amor os queira aceitar e atende.

Santo Afonso de Ligório